Caminhou trôpego, escorando nas quinas dos móveis que ele mesmo fez - faz tempo! Se por um lado, as forças sumiam como o fumo de chaminé, a inteligência era cada vez mais aguçada.
Foi em direção da cristaleira pegou com força o livro santo, temendo uma presepada das mãos embaraçadas. O livro sagrado era companhia sua de muito cedo.
Acumpliciado aos velhos óculos remendados, guardados ali, dentro do livro mesmo, da ponta do banco observou o renque de cáctus fechados feito cerca. Era vontade sua cortar aquilo tudo; estorvo sem serventia.
Na marca dos óculos lê de uma só passada:
“Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?”
Ah, visão espectral. A rabugice de Geralda, resmungona e obtusa não passava de uma inflexão sobre os abrolhos que não servem pra nada. Tá no livro.
Ela que me pague! "
Leia de Wagner M. Martins
FALA, FILHO DA MÃE!!! - Capa Paulo Vieira
UM BICHINHO À TOA. - Capa: Camilinho
Participação:
Livro OLHA PROCÊ VÊ! de Elias Rodrigues de Oliveira
No prelo:
UM INTRUSO NO QUINTAL