É bem mais doce, quando inesperado.
Aumenta os batimentos, o coração,
antes do beijo roubado.
Roubado mas com perdão,
se for com amor
ninguém se pode zangar,
afinal, ainda não é pecado amar.
Se por roubar um beijo
eu for considerado um criminoso,
então que o seja!
Assim, é tão mais saboroso
matar o desejo
que a paixão flameja.
Depois de roubado é meu,
já ninguém o pode tirar.
Posso-me, então, alegrar
por já ter um beijo teu.
Um beijo roubado
é pequeno, envergonhado,
não se roube algo pior.
Ninguém vai negar
que tem muito mais sabor
se for roubado com amor.
Depois do primeiro, outro apetece,
vem de seguida o segundo,
um beijo que a alma aquece,
envolvido com um suspiro profundo.
Vou dar-te um beijo meu,
o melhor que já alguém te deu.
E se o primeiro foi roubado,
o segundo vai ser, seguramente, dado.
O primeiro é pequno, envergonhado
e pouo frequente,
é assim o beijo roubado.
Depois vêm beijos quentes
de alguém apaixonado.
Com tantos beijos roubados aqui e ali,
esta poesia não pode ficar completa
sem que este pobre poeta
envie um beijo também para si!