não levamos as sementes
em pratos de prata
para servir cubos de gelo
no meio do deserto molhado
não enxugamos
as lágrima dos surfistas.
nem aplainamos as ranhuras
em chapas de crostas granuladas
a gaze age no azul de metileno
as patas abrasam sobre o coral,
quando o espelho tridimensional
mede as imagem perdidas
vamos para fora da cidade
tão de repente vamos partir
sua reação foi tão positiva
o corvo pode ser azul
e responder numa frase melódica
o enigma da floresta chinesa.
Que importa que mendigos
habitem os becos podres,
quando ontem o seu amado
procurou uma prostituta
dizendo que queria uma gueixa?
não me desculpe, não se desculpe
nunca se desculpe,
não me sinto arrependido
mas aquilo parecia mesmo importante.
eu sabia que ontem não era hoje
Deixe sempre acesa uma luz
um filamento de lâmpada incandescente,
e a noite será de ouro,
lentamente, reluzente à beira da sarjeta.
Azul pré-primavera, na preamar
vegetação congelados de vez
abaixo da nevasca deste mês.
não se esquece nada, nunca se esqueça,
não esqueça o que é desnecessário.
Todo o nosso império se cala ante essa voz
apenas leve a sério o que está em sua mão.
ferro derretido em aspersão
ante o mês de abril perdura
numa dispersada febre de digitação
permeada de figuras negras.
É como se pensava,
até o fim da vida dobrada,
mas tudo é tal como mesmo é
como é sem esperança e fé.