Uma grande dor
abate o meu espírito.
Uma grande dor
abate o meu físico.
Estou num mundo
antes desconhecido.
Um lugar onde,
não queria estar.
Por mais que eu sonhe,
sou obrigada a acordar.
Por mais que eu ande,
ainda há muito pra andar.
A dor não tem explicação,
vem sem avisar.
Abate a alma, o corpo,
e moi devagar o coração.
Haja sol ou haja chuva,
noites claras pela lua.
Dias com o sol a brilhar,
dor deixa a alma nua.
Não sei dizer o que dói mais,
Se a dor do amor,
ou a dor da dor.
A dor da perda do nunca mais.
Quando a dor é física.
Um analgésico tudo simplifica.
Se a dor é de amor,
ou dor que nem se explica.
Como se há de contornar.
A dor da perda, crucifica.
O coração pra sempre danifica.
em partes pra jamais consertar.
Ficam cicatrizes,
no corpo e na alma.
No dia a dia, noites afora.
Grande dor que jamais vai embora.
Não há absolvição,
É uma espada fincada no coração.
Amor sem libertação,
da dor sofro escravidão.
Fui julgada e condenada.
Por algo que não fiz.
Só o amor me da libertação.
E só as pés cruz, ganho...absolvição.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)