Olhas o céu, numa procura constante da tua alma gémea. Perguntas-me, na brisa do vento "-Serás tu, Noite?". Olhas cada estrela tentando ver-te no seu brilho, no seu jeito de cintilar. Eu abraço-te com longos braços de escuridão, salpico o teu céu de pequenos brilhos, letras perdidas no pano imenso desta Noite. Escuto as tuas dúvidas, percebo os teus anseios, descubro os teus segredos, menina, infinitamente doce.
Cresces comigo, lendo nos mistérios do firmamento, respostas que te levantam novas dúvidas, certezas que te fazem caminhar em direcção ao meu peito. Amor é a palavra certa, a que devemos usar para entender aquilo que procuramos, aquilo que descobrimos no seio da noite escura. Amor, aquilo que te ofereço, em cada estrela que cai em direcção ao teu peito.
Sabes, pequena estrela, há perguntas que não se respondem, pois ainda antes de as formulamos já sentimos a resposta, dentro de nós. Mas temos medo, medo de nos termos enganado e estarmos a caminhar à deriva em torno do nada.
Então, menina mulher, já sabes a resposta, ou não?!