Luso-Poemas
 
Poemas : 

(des)consentido...nos sentidos que me cobrem

 
Doem-me as palavras
que já não posso calar
ardem no peito
num arco de combustão…

Dilatam numa conclusão
de negro sentir…

Será revolta?

Ou a mera certeza
de ter que admitir
o fracasso que sou
no contributo nulo que dou…

Estas palavras
que hoje (não) calo
serão o perder admitido
de um julgamento
(des)consentido
nos sentidos que me cobrem
numa realidade
dura
onde o tempo não engana
resta-me concluir
que nada sou…nada sei!

Perdi os anos a sentir
que um dia haveria justiça
nestes quadros programados
em pragmáticas realidades
onde apenas sei que nada sei
tendo em conta a lei (in)justa
dos números que não enganam…


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 07/04/2013 02:27  Atualizado: 07/04/2013 02:27
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Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: (des)consentido...nos sentidos que me cobrem
Boa noite Ana, de tanto a gente nadar e acabar morrendo na Praia, ficamos com a sensação de que tudo termina em pitsa, e que não vale a pena tamanho esforço para ser do bem, Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.

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