Tempo cinzento...
Tempo cinzento
apareces da bruma
com tua áurea reluzente
reacendes-me a alma
com tua chama ardente.
Tua essência salvadora
teu sorriso de doçura
tocas-me o olhar
fazes-me levantar
esta alma que não vivia
nesse lamaçal penetrante
Dás vontade a este corpo
que em aparente calma
parecia não ter destino
eu um homem menino
que cresceu sem querer
que vivia na ilusão
de não poder ser gente
Mas que poderia eu ser
nesta falta de viver
Senão eterno padecente
A ti peço auxilio
Indica-me para onde seguir
Quero em teu corpo meu exílio
fazer e acontecer sem fugir.
Mostra-me que águas navegar
Quais os monstros a combater
Ensina-me a arte de amar
quero perder o fôlego, estremecer
O teu sorriso é meu rumo
O teu olhar é meu mapa
de onde meu amor não escapa
és meu mundo... Assumo...
Rodrigo Lamar 24/06/2012