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Margô_T | Publicado: 23/07/2016 19:44 Atualizado: 23/07/2016 19:44 |
Da casa!
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Re: Fragmento V
De círculo em círculo rompem-se os “circuitos”, as “esferas”, os espaços fechados, delimitados, cercados
para, no final, se atingir uma panorâmica sobre a terra (curioso este “salto de todos os círculos” e a referência às “esferas”, já que, vendo bem, que é uma esfera senão uma quantidade infindável de círculos aglutinados?) Chegado ao ponto de observação, o sujeito poético aterra, ficando aterrado ao observar a Terra… esse globo estranho (que nem esfera perfeita é), que, de tanto conter, nos soa a “infinito” e, visto assim do alto, se torna pavorosamente “finito”. “O infinito ao finito circunscrito.”… E se recuarmos mais, e mais, e mais, veremos outros infinitos restritos… porque também o infinito se circunscrita e, ao se circunscrever, se nega como infinito (pelo menos na perspectiva em que o observamos), devolvendo-nos a finitude de toda a infinidade. O melhor é ficarmos com a reflexão e não circunscrevermos demasiados infinitos, já que os infinitos finitos nos bastam… como prova este teu poema que não só tem a palavra “infinito” lá dentro como explora o sentido desse infinito deixando uma infinidade de perguntas (obrigatoriamente ao finito circunscritas) para quem o pegar. Agrada-me este registo reflexivo. Curto e denso. |
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