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Sob a Luz de Uma Triste Vela

 
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Sob a Luz de Uma Triste Vela
 
 
Sob a luz opaca de uma triste e agonizante vela sozinha à mesa
Observava atentamente a porta robusta, como uma miserável presa
Despida e acorrentada pelos pulsos finos, e carne viva à mostra.
Há dois dias sem alimentos, eu lutava com o desconhecido para sobreviver
Pela fresta da grande janela, me arrepiava com o último anoitecer
Exausto e esquecido, eu deitava no assoalho imundo, e implorava uma resposta.

As baratas pisoteavam-me com desdenho, e tamanha indiferença
Defecavam em minha enrugada face, e deixavam claro a sentença:
-Insignificante e desalmado! Aberração deixada nesse recanto insólito e hostil!
Os meus gritos de desespero se perdiam entre os móveis, e retornavam aos meus ouvidos
Os ratos sedentos de fome, cravavam os dentes e incitavam os meus gemidos
As traças e aranhas aguardavam ansiosas na fila, para devorar esse corpo febril.

O odor de sangue fresco foi levado por ventos traiçoeiros, para inúmeros cantos sombrios
As vozes estridentes atrás da porta, espantaram os insetos para imensos buracos vazios
Como animais selvagens, arrebatavam a parede com estrondos ensurdecedores.
Em questão de segundos eu partirei para um mundo horripilante mergulhado em escuridão
Mas, ainda com um pingo de esperança, eu tento fabricar forças inexistentes em minhas fracas mãos
Sem êxito eu caio apático, e espero as sediciosas pestes demoníacas, em seus corpos subversores.

Vejo uma gigantesca foice negra dilacerar a madeira nobre, da sala modesta e apodrecida
Dezenas de seres decompostos arrancam-me das correntes grossas, e a minha visão torna-se escurecida
Imploro com lágrimas vermelhas que me deixem nesse triste lugar, que não se apoderem de minha alma doente.
Em gargalhadas que petrificam os corações temerosos, me arrastam para fora da casa em demasiada fúria
Extirpam os meus membros em gestos lentos, queimando-me as partes íntimas, e esbravejando desnorteante injúria
Enterram-me ainda com os olhos à procura de um salvador: Mas logo eles se fecham, pois a espera é ilusória, é impossível, incoerente!
http://alexmenegueli.blogspot.com.br/

Essa poesia estará em meu livro: A Bordo da Pequena Barca. Que contará com mais 19 poesias.
 
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Menegueli
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Enviado por Tópico
Caio
Publicado: 03/04/2013 20:50  Atualizado: 03/04/2013 20:50
Membro de honra
Usuário desde: 28/09/2011
Localidade: Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
 Re: Sob a Luz de Uma Triste Vela
a idéia é batida, o texto é forçado e tem um excesso de adjetivos que eu nunca vi antes num poema só.


abraço


Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 03/04/2013 21:14  Atualizado: 03/04/2013 21:14
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Sob a Luz de Uma Triste Vela
Seja bem vindo Alex, desejo-lhe sucesso com o livro.

Observo que seus versos vão ficando cada vez mais longos,
isto cansa a leitura da poesia.
Uma dica que eu lhe daria é:
leia em voz alta o que escreveu,
sinta o ritmo e a sonoridade dos versos.

Sinceramente,

Helen De Rose.