O sertão chora

É verdade, Carol
E nós, brasileiros, sofremos junto quando vemos isso,
que parece uma novela sem fim.
Alguns anos de fartura, logo vem outros de seca.

Abraço
Obrigado pela visita

Olá, amiga Poetisa

Sábado estive conversando com um senhor que mora em Aracajú e esteve me contando dessa lagoa, e de como a seca prejudica.
Realmente é terrível.
Obrigado pela visita e pelo vídeo.
É lindo ver os peixes tão mansos.
Grande abraço.
><>

É, meu amigo.
A seca está brava, mas o povo nordestino não se deixa vencer.

Abraço
Obrigado pela visita
><>

Obrigado, Mary
O Amapá é lindo. Eu gostaria de conhecer.
Grande abraço
><>

Ah, este mundão é perfeito! O povo é desse jeito,
Cada um tem seu conceito, e o usam para brigar

Se todos fossem iguais seria a maior confusão
Mesmo não havendo ilusão, quereriam se matar?

Politicamente correto é a nova que se reza
E o poeta, que se preza, já nem pode escrever

Eu sou nascido e criado na São Paulo nordestina
E já li muito repente que nos traz muito saber

Porém, se sou questionado no que escrevo nos versos
Pois alguém os crê, perversos, como irei me iludir?

A poesia está acabando, a liberdade murchando
Os bons estão se calando... Eu terei que me omitir

Não falo mal do meu povo, sofrido, sofrendo de novo
Nem sua crença eu reprovo mas me junto ao seu clamor

Porém escrevi um poema que fala daquele drama
Daquele povo que clama... Sou chamado de agressor?

Para que acabe a seca e a vida não mais feneça
E a água reapareça eu clamo ao Deus do céu

Não escrevi para julgar a ninguém, ou amaldiçoar
Eu não vim para brigar, pois esse povo é o meu


------------------


Convivi com nordestinos, Gente humilde e sincera
Retirantes do sertão em situação de miséria

Quando estavam na penúria comiam do meu feijão
Porém, logo, se arribavam, e desde sempre trabalhavam
Para ganhar o seu pão. E, em tempo nenhum esqueciam
Da amizade que florira, que dormimos no mesmo chão

Comi com eles jabá, galinha de cabidela O arrozinho quirera, a farinha com feijão
Suas portas sempre abertas para me receber em casa. Como eu iria julgar esses queridos irmãos?

Conheci as suas crenças, respeitei as diferenças,
que porventura houvesse. Isso nunca nos impedia
de festejar cada dia o que Deus nos oferece

Eu estranho que alguém sem conhecer a verdade ou saber de onde eu vim
Se sinta livre para achar que escrevi com maldade no início, meio ou fim

Aleivosia, você diz? Eu não vivi no sertão, mas o sertão viveu em mim
Eu sou um sujeito leal, e não jogo sujo, não. E por isso estou aqui.

Muito bem colocados os seus motivos.
abs

Angela

Obrigado, Angela.
Grande abraço
><>

Olá, Caio
Isso é uma forma de expressão,
em uma estrofe do poema
Não quero fazer drama, ou ofendê-lo.
Se você procurar, verá que eu costumo responder em versos,
sempre que há oportunidade, nunca procurando ofender.
Achei estranho tuas palavras alí,
"peço que procure rever seus conceitos e procurar saber um pouco mais sobre o sertão nordestino antes de dizer coisas com tamanha aleivosia e leviandade"

Eu não sou aleivoso e não sou leviano.

Me criei entre nordestinos, amo esse povo, conheci um pouco do Nordeste, e nunca tive a intenção de ofender ninguém, e nem mesmo a sua crença.

Porque essa perseguição?


Abraço.

Certo, Caio

Eu não quero, nunca, ofender a ninguém, e não me julgo superior.
Um abraço

Caio
Eu nasci em 1950, no bairro da Penha, em São Paulo.
Construimos nossa casa em um loteamento novo, com esforço, assim como os nossos vizinhos, pois eram trabalhadores assalariados.
Nessa vizinhança, a maioria eram baianos e pernambucanos. Havia também os mineiros, os espanhois, os italianos, portugueses, japoneses, libaneses...
Muitas raças, muitas cores, uitas línguas e sotaques. Paulistanos éramos poucos.
Eramos uma comunidade que se irmanava.
Era o início da TV no Brasil, então ainda não dispunhamos, como também tinhamos refrigeradores.
Nós, crianças daquela época, eramos criados como irmãos.
O pai de uma criança podia repreender seu filho e o filho do vizinho, se estivessem aprontando.
Em minha casa, nos referíamos à naturalidade de cada um para identificar o indivíduo, por ex.: Dona Maria cearense, Dona Maria baiana, Seu José do Paulino. Era como um sobrenome.
Crescemos, tomamos rumos diferentes, mas aquilo foi uma marca daquela geração.
Viajei um pouco pelo Brasil, e consegui perceber que São Paulo é, realmente, nordestina, pois lá, quando entro na casa de um baiano, sou convidado a almoçar, sentar na rede, e até dormir. Não fazem distinção de minha cor e raça, e eu não faço da deles.
Quando escrevo na linguagem do mineiro, ou do caipira, como você pode ler nos meus escritos, não faço para desmerecê-los, mas para identificá-los.
Preconceito seria tentar escrever numa linguagem que não é a deles, quando me refiro a eles.

Espero que deixemos para traz este episódio, que, com certeza, foi um mal entendido.

Abraço
><>

Obrigado pela presença e palavras, amigo CaRIOca.

Abraço
><>

Obrigado pela presença e palavras, amigo CaRIOca.

Abraço
><>