,do silêncio da tua voz que abafa o urrar do vulcão em lava, daqui a pouco, sim,
renova o odor das cerejeiras em flor efémera, antes que vésper se aviste.
,sacrifícios esperados, sem visos aterrorizados por redemoinhos fantásticos, imaginação seja,
afugentam-se assim pesadelos, destroem-se, símiles às pegadas que o mar desfez pelos areais, sós,
,relembra-me das horas pelo final da tarde, da vertente que dá a direção da água,
da rota,
alivia-me desta garganta seca que me cala, quão longe de mim, agora, estou.
(II)
,serei talvez um outro, por breves instantes, cousas sem fim,
vazias,
enquanto as margens me comprimem,
[...e repetindo-me],
,do silêncio da tua voz que abafa, [este silêncio em mim].
"Forfante de incha e de maninconia, gualdido parafusa testaçudo. Mas trefo e sengo nos vindima tudo focinho rechaçando e galasia. Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)
Vésper – planeta Vénus, no período em que ele é visto pelo final da tarde (em sentido figurado indica o Ocidente) Castro Alves (poeta brasileiro) referia-se assim a Vésper: “Tu és a estrela vésper que alumia aos pastores das arcádias dos fraguedos.”