Sorrir como quem nunca aprendeu a sorrir
O sorriso que me persegue
Deita-se comigo quando vou dormir
Consumindo minha alegria por inteiro
Disfarçando-se na minha memória
Tento jogar seu jogo
Crio paredes e muros
Labirintos em meu íntimo
“É difícil esquecer
A dor que um dia sentiu
E se lançar novo
Como quem nunca mentiu”
O sorriso que me invade tem as portas cerradas
É um sorriso preso no amarelo dos dentes
Um sorriso triste que consola
que rapidamente vai embora
vai sem deixar rastros
morre na memória
“Logo irão acabar todas essas bobagens que a vida nos impõe
Logo iremos sorrir como que nunca aprendeu a sorrir”