CONTRADIÇÃO INTERNA - Para amalise da MANUELA

Querido Poeta

Em oposição à metafísica, a dialética não considera
a natureza como algo imóvel, parado e imutável,
mas como sujeito a perene movimento e a mudança consoante,
renovando-se e desenvolvendo-se incessantemente,
onde há sempre alguma coisa que nasce e se desenvolve, morre e caduca.

Nenhuma coisa está "acabada",
encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver;
o fim de um processo é sempre o começo de outro.

Na natureza vemos que tudo sempre se renova.
No ciclo das estações, depois do inverno,
tudo floresce e recomeça com a primavera.

Se a analogia é verdadeira, também não morremos.
Como a natureza descansa no inverno dos rigores das estações,
também é necessário para nós aquele descanso
que conhecemos como a morte do corpo físico.
Depois do inverno, renasceremos na primavera da vida,
revigorados em um novo corpo.

Abraço
Manuela