Há a hipótese de que demasiado seja negro,
Demasiado seja frio, uma qualquer agonia escondida.
Há a hipótese de que demasiado seja dúvida,
Demasiado seja luz que pouco se vê, uma qualquer resposta.
Entre todas estas hipóteses que me ponho
Em que vivo, nado por entre o escorrer
De ainda nem fazer nada, tão pouco,
Penso, todos os dias penso, como se a tua mão
Tocasse o céu que eu acho que vejo completo,
Pois cego na penumbra de nunca te ter!
Há a hipótese de que demasiado seja negro,
Demasiado congele os dedos, e tudo caia destroçado.