Parece estar dormindo
Mas os olhos permanecem abertos
Espectros de um sonho que morreu
E apodrece nesse corpo deserto
Árido e seco, onde nada germina
- nem mesmo a dor
Você ainda enxerga e escuta
Mas já não muda nada ao seu redor
Um mero fantasma que transita
Sem habitar nenhuma memória
De compaixão ou rancor
O sangue aguado que te rega
É veneno que carrega em suas veias
De que vale um coração que bombeia
Quando não se ama?
Você pensa que está vivo
Mas sua alma está em coma.