Havia o que não a via
e vestia
de vermelho lua
sapatos afiados na carne
saltos altos de luz
e trazia
na boca um halo de cometa
no ventre um quase poema
e despia
pelo céu da boca o beijo
a noite puta
e cobrava sonhos de menina
e vendia baloiços
e sortes macacas
em cada um que a via