Luso-Poemas
 
Poemas : 

Que não me falte o unguento

 
Que não me falte o unguento
 
Dormem em quietude o arco e a flecha;
O tempo quedou meus ombros e a caça é
maior do que posso suster. Meus olhos se
prendem nas mãos, sem perceberem que
o vento já trincou minha face. Ouço uivos
das feras lá fora, e nas paredes do peito,
arranha esta que está presa; lambendo a
breve história. Sinto dor de não mais
tocar o nu dos pés na quebra das folhas.
Amargo o desencontro com o pássaro azul
escondido nas copas dos sonhos.
Sobranceio o que resta, despejando
hidrografias neste solo. Meus horizontes
secaram rachando o chão de peles; conto
as rugas pra passar o tempo, e pra que não
porejem exsudatos, passo a pena n’alma,
aliviando o ardor com poesias. Este unguento

 
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YnahAdah
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 22/03/2013 19:41  Atualizado: 22/03/2013 19:41
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Que não me falte o unguento
Boa tarde Yna, sua personagem busca no seu interior a forma mais adequada para se conciliar com as sus rotinas, que divergem dos padrões que norteiam a grande maioria dos
Indivíduos em suas praticas do cotidiano, Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 04/04/2013 02:12  Atualizado: 04/04/2013 02:15
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18993
 Re: Que não me falte o unguento
que seja breve de imaginar eese unguento que alívia.
porque sua poesia não alivia... busca a alma
como convém. obrigada. bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/09/2014 16:57  Atualizado: 28/09/2014 16:57
 Re: Que não me falte o unguento
a poesia é mesmo um poderoso remédio para almas angustiadas, tanto para quem escreve como para quem ler,achei super bacana essa parte:«Sinto dor de não mais
tocar o nu dos pés na quebra das folhas.» sãos coisas simples assim q fz mesmo falta.

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