Poemas : 

A tristeza de uma poetisa.

 
A tristeza de uma poetisa.

Sou sonhadora, vivo no meio das estrelas, deixo-me levar pelas minhas emoções dando razão ao coração, jamais desisto dos meus sonhos e o que são os meus sonhos? Os meus sonhos são momentos sublimes de amor profundo, onde almejo uma vida melhor para todos nós, uma vida cheia de alegrias, encantos e muitas realizações, mas sou realista também e isso dói demais no coração.
O verdadeiro poeta não gosta da realidade, porque ela é demasiado agressiva ao estado de sua alma, logo ele entra em depressão profunda, num sofrimento desmedido demais.
Como vivemos na terrível ilusão de um mundo melhor com mais amor e encantos, podemos o tornar mais agradável ao som das palavras, doce na escrita e encantador como o coração do poeta.
Não me invejem não, não é nada fácil lidar com os nossos sentimentos, lidar com as palavras que fluem como cascatas numa maravilhosa cachoeira, onde a perfeição nos deixa ser ar, sem poder questionar o poder Divino.
Dentro deste coração mora o amor, um amor que não consigo explicar, nem definir, apenas que ele me transforma, transtorna, deixa sem eira e nem beira, sem direção, sem ter um porto seguro.
Terrivelmente apaixonada pela vida, observando todas as coisas com os olhos da alma, estranho é que não consigo enxergar a feiúra, tudo tem a sua beleza, tudo está na mais perfeita sincronia e é divino.
Não se iludem que eu também choro e como eu choro, quando vejo a injustiça, vejo a maldade exposta como se fosse uma peça em saldo que todos parecem querer adquirir, como se fosse um vírus em sua grande expansão derramando doença por onde passa. Choro quando vejo fome matando, desperdício em outros lugares, quando vejo a corrupção que está invadindo os povos como uma carraça maldita.
Choro quando vejo que a própria sociedade já assume tudo isso como algo normal, choro quando se fazem leis para que os ladrões de colarinho branco não fiquem na cadeia e isso abre portas ao absurdo e como é que uma sociedade pode parar a brutalidade? Se existe a impunidade dos demais...
Choro vendo a minha filha crescer, pensando que chegará uma hora que ela terá que voar do seu ninho, mesmo lhe mostrando os valores certos, educando-a, não sei temo pela sua vida, pela sua segurança e pela sua felicidade.
Não pensem que a poetisa é uma fonte de alegria, não é, acreditem que ela é um poço profundo de tristeza, mas isso não quer dizer ela não ama os que a rodeiam, ela ama sim, ama demais. Ela sente a dor que avassala muitos corações, ela sente a agonia. Sente demais e isso dói, como dói e quando ela é injustiçada ela quase cai, mas logo se levanta mais forte que nem uma tempestade, logo fazendo surgir o sol e mais certeira que uma alvorada, por isso ela é detentora dos seus sonhos.
Ela dá mais do que recebe, ela busca amor sublime, amor incondicional e isso sempre lhe custa caro demais. Pobre da poetisa tem dias que ela nem quer ver o dia, fica submersa nas suas quatro paredes brancas do seu quarto, buscando palavras para poder se confortar, inventar novas idéias e nelas novos sentimentos...
Ela almeja um mundo mais espiritualizado, onde se podem compreender melhor os sentimentos dos irmãos, mas ela apenas vê poços profundos de indiferenças constantes, cada um por si, não é agora assim? Cada um por si...
Ela crê no maravilhoso Deus, que criou todas as coisas, com sabedoria, com delicadeza, com mestria e de um excelente gosto. Será que paramos para refletir o porquê de tudo isto? Será que podemos olhar para o alto bem para cima em vez de só olhar para os nossos prazeres terrenos e só para o nosso umbigo.
Eu Creio num mundo melhor, num mundo cheio de paz, num mundo onde os seus semelhantes se respeitam, interagem apenas no amor e na caridade.
Enquanto isso não me acontece eu lá vou sonhando acordada, uns dias alegres, outros menos alegres, mas sempre me regendo pela regra do meu coração, pelo sublime amor por todos nós e até pela minha melhor amiga e companheira a Poesia.

Eu não tenho o mundo na minha mão, mas o mundo é que me tem na sua mão e se assim o é que seja na mão do meu Criador, onde posso me lambuzar de uma paz profunda e verdadeira!

Paz profunda!

Betimatins




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Betimartins
 
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Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 21/03/2013 21:59  Atualizado: 21/03/2013 21:59
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 Re: A tristeza de uma poetisa.
Amiga Poetisa
Beti

Infelizmente o mundo está infestado do que não presta...mas como bem diz no seu texto...vivemos da esperança de um mundo melhor...e se não pensarmos assim creio que a nossa vida vira um inferno...só mesmo na mão do Criador encontramos a Paz que tanto almejamos
Belo texto
Bjinhos
Carol