Já passaste fome e frio.
Por pouco tu não morreste.
Viveste a vida sem brio.
E tu isto não esqueceste.
Viveste como um animal.
Selvagem vivo na selva.
Quase obrigado afinal,
A teres que comer a relva.
Com um viver quase apático,
O que para ti era um desgosto.
Obrigado a um viver errático,
Que por outros era imposto.
Por isso tens gestos rudes,
Que te dão uma certa fama.
Mas todos esperam que mudes,
Para que se evite um drama.
Muitos de ti têm medo.
Porque não te compreendem.
Talvez porque ainda é cedo,
E muitos deles se vendem.
Isto te deixa espantado.
E ainda te assombra.
Os que vivem do lado errado,
Vivendo sempre na sombra.
zeninumi 11/12/2007
zeninumi.