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Não sei falar de coisas
profundas.
Só sei da superfície
das coisas.
Quanto menos elaborada
for
a precisão
da percepção,
mais há o que explorar
no meu universo íntimo.
Cada fagulha que vejo
ou sinto,
pelos orifícios energéticos
da experimentação,
é um bilhete
de ida
para meu tempo de
gestação.
A estrela que avisto
é vista pela força
de infinitas estrelas
já conhecidas
desde que entrei em ação.
A superfície das coisas
é a profundidade de mim.
Cada contato com o extra
reafirma e fortalece
o intra.
Um dia hei de ser Deus.
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