Nas noites com saudade
Moldam em matéria os sonhos
Da terra molhada ardente
Pela tépida água do oleiro
Aparecem nus na fina argila molhada
Escorrendo chamas arrefecidas em lava
Moldados na mistura da terra
São pensamentos plásticos
Formados nas palmas das paredes
Aquecidos pela textura da pele
Que rodam envolvidos na mente
Ouve-se um som em volúpia
Completando as formas dos corpos
Libertas em amor com perfume de ti