Ao telefone
O telefone tocou, corri,
estava um pouco afastada,
cheguei arfando.
um pouco cansada.
Peguei no auscultador
com a mão um pouco trémula
faço a pergunta costumada.
Alô! quem fala. Sim?!
Então do magro fio
oiço por fim.
Vinha do Céu a melodia
de certeza. Era suave e doce!
Era de Schubert a Ave Maria.
Sentei-me e ouvi maravilhada
uma voz que parecia a de anjo,
límpida, maviosa, delicada.
Fiquei obcecada, curiosa
quando tudo acabou
E eu perguntava ansiosa,
Por favor. Alô? Alô?
Quem me fez este carinho?
Mas até hoje, não sei.
Vou-lhe mandar um beijinho.
Vólena