A sesta
No campo é hora sagrada.
As árvores de copa acolhedora
apelam os trabalhadores
a uma paragem reparadora.
Estendem as mantas, o farnel
sai dos sacos de pano,coloridos.
Marmitas de sopa, pão e mel.
Azeitonas, a iguaria também
nunca esquecida, eles sabem
o que dá forças e lhes faz bem.
Depois de tudo guardado,
estendem-se, a caruma nem sentem
e fazem felizes um sono roncado.
Algum ladrar de cão.
Os acorda, espreguiçam-se.
O sol ainda quente, mas lá vão,
rumo ao trabalho duro.
Só ao pôr do Sol regressam,
cansados, mas a pequena sesta
eles não dispensam.
Vólena