em retículos cristalinos
encerro sonhos errantes
ouço canções dos sinos
os enigmas passados
discursos delirantes
sem significados
esforços em resultados
tornei-me um morto vivo
em meu delírio
perfil fino pensativo
ingente martírio
queria poder ver o fundo
o fim do sofrimento
visão noturna do mundo
tempestades desvanecimento
pelo céu traído
um edifício centenário
não será substituído
por incorrigível visionário
vivo disso agora
de esperanças vãs
o passar de uma prolongada hora
sem alvíssaras sem amanhãs
lábios dormentes agora
quando as queria concretizadas
em colchas de cetim bordadas