Poemas : 

Julio Saraiva estava lá? Vai saber!

 
À aquela hora, uma da madrugada, já não havia mais ninguém. Delegacia vazia. Exceto três policiais em suas devidas camas. Vítimas atendidas e marginais em suas celas, fui tirar um cochilo num quarto pequeno e improvisado. Mas acordo minutos depois sob o horror do recorrente pesadelo. Um ser estranho deita sobre meu corpo e tenta me sufocar. Não quero mais voltar a dormir. A delegacia, de andar, é enorme, me fazendo sentir uma insegurança estranha. E aquele quartinho improvisado e pequeno me irritava diante da imponência do prédio.
Resolvi passear pelo novo site que me cadastrei, o Luso Poemas, depois de um ano afastado desse trânsito. Não sou homem de muitas ‘virtualidades’. Um sítio basta.
E então aconteceu isto, todos esses poemas. Terminados às seis horas da manhã, mais ou menos, quando uma policial, mulher de cinquenta anos, veio me apurrinhar, no estilo candinha, me dizendo nada para um ouvido cansado e um corpo mais cansado ainda.
Ela terminava sua extra, ia pra casa, graças a Deus. Eu, ainda tinha todo aquele dia de sábado até o domingo, às oito da manhã, quando terminaria meu plantão sem maiores problemas. Mas, neste mesmo plantão tranquilo, três defuntos tangenciaram pela delegacia em direção ao IML, parada obrigatória, antes do inferno.
Chegando em casa às oito e trinta da manhã, minha mulher regava as plantas do jardim. Cheguei feliz. E, estacionado o carro na garagem, ouvindo o primeiro cd do Coldplay, senti uma onda de amor invadir meu corpo e, uma saudade funda e terna do meu irmão de útero, do Zésil (Zésilsilveira) e do Jairo de Salinas, recém Luso, ao meu convite.
Resolvo aliviar a saudade, ligando primeiro pro Zésil, que não dá linha no celular, uma merda. Depois ligo pro Jairo; idem. E meu irmão, fico sabendo, está viajando. Três vezes merda!
Mas o Zésil, naquele momento, impunha uma premência. Vocês saberão o porquê logo mais, se tiverem saco para chegar até o fim. Ele, zésil, assim como o Jairo foi amizade a primeira vista, sem direito a vista nenhuma, porque os dois famigerados, os conheci pela internet, os dois, por causa da poesia; os dois, uma amizade rápida, visceral e espontânea. O Jairo, já tive o prazer e a honra de abraçá-lo em Aracaju. O zésil, o prazer e a honra de uma ligação rápida por celular. Bendita tecnologia!
Mas algo no site, Luso Poemas, naquela madrugada, me chamou a atenção. Um cara. Um poeta. E comecei a lê-lo e foi daí que surgiu esse rompante de poesias.
A última vez que alguém me inspirou assim foi o poeta Fernando Pessoa. Será que o espírito, este outro, bem outro, talvez sabendo dessa amizade/rompante entre mim e o Zésil e, por causa desse amor que o zésil sempre explicitou por esse seu irmão, influenciou nessa brincadeira, nesse presente? Ou simplesmente, nem tão simples assim, uma sincronização Junguiana? Vai saber o que pode um homem sobre pressão. Do amor ou da poesia!

Aí estão todos eles, com amor, os poemas.



...


A chave deste mundo


A vida, mesmo sob um teto,
É relento.
O amor, entre apaixonados,
É instinto.

E tudo ilude o homem atento
Porque a chave deste mundo
É essa dor que bem dentro sinto.


...


O pesadelo



Uma cascavel abanando o rabo.
Não fosse aquele barulhinho
Iria parecer o sorriso do meu Basenji.





*Basenji é uma raça de cachorro.



...



Os invejosos

Quando estão longe de mim
São todos boníssimas pessoas.
Os melhores estão nos cemitérios.



...



O cigarro


Ele é quem me fuma
Esse ilusionista filho da puta.



...



Minha casa



Dormiria ao relento
Namorando as estrelas.
O problema é me responsabilizar
Por esse universo de coisas.



...



Corretivo



Sim, escrevo errado mesmo
E por acaso esse mundo é certo
E por acaso existe alguém infalível
E por acaso te convidei a ler-me
E se por acaso não sabe se comportar
Em casa alheia,
Mesmo ao convite,
Faça apenas isso: não me copie.
Teu exemplo, direi honrado,
Será o meu melhor professor.



...



O consolo



A poesia faz qualquer coisa comigo,
Manda e desmanda,
Sai quando quer
E volta tarde da noite, quando dá no telhado.
E no entanto
Ainda consegue ser o meu consolo,
Essa puta.



...



Vício dos infernos



Tento não escrever
E até me esforço muito quando paro,
Mas as mãos logo começam a tremer.
A abstinência se impõe,
Me faz babar em qualquer papel
E a fissura pega pesado,
Assalto o primeiro pensamento
Que passa distraído.
Ai de mim...
E pensar que tudo isso
Começou com o filho da puta
Do Drummond.



...



A poesia chula



Quem não sabe ler meus poemas
Vê o próprio conteúdo
E sai contente,
Não sabendo que viu a si mesmo.
E nisso há uma terapêutica.
Os tísicos
Não suportariam o torque.
A verdade asfixia os débeis.



...



Sobre o voo das letras, da poesia


Não se preocupe, elas têm asas próprias
E voam quando querem.
Algumas só ganham o céu
Quando estão órfãs.
Não se engane,
Elas sabem ser cruéis.
A percepção disso acontece
Pela ordem dos acontecimentos,
Pela nascente:
O homem, esta poesia
Atravessada na guela de deus.



...



Da reforma íntima


Se o reboco tá caindo,
Reforça o cimento noutra vez
Ou constrói outra casa,
Dá tempo ao tempo.
A pressa derruba até os castelos.



...



Aos críticos


Um bando de onanistas.
Se ao menos usassem o próprio pinto,
Esses eunucos.



...



Minha condição social na poesia


Vivo a mendigar palavras,
Termos,
Contextos e curvas entre vírgulas,
No final, aquele ponto.
E dali não avanço,
Ela não permite.
Uma humilhação
Que antes nunca passo.



...



Poema linguarudo


Longo, muito longo
E de tão chato
Prefiro aquele cara sem graça
Contando toda a história do filme.

O filme pode até ser bom,
Mas não resiste.
A beleza vai mesmo pro espaço.



...



Poema acusatório


São os piores,
Não tendo meio termo.
Acusar, estando certo da culpa,
Pelo menos está certo
Em meio ao constrangimento.

E se errar na acusação,
Este se fudeu mesmo.



...



Poema doce


Era um poema muito ruim
Desses que vomitam
Enquanto outros
Se fartam e morrem de rir.



...



O porquê da poesia



Não sei não, mas é uma compulsão.
O poeta escreve porque é um transtornado
E na raiz da palavra poeta,
Bem antes da filologia dos gestos,
Deve ter algum indicativo,
Sei lá,
No grego ou no latim.
É o mínimo.
Mas eu não sou tão demente,
Vai tu
Procurar o cu dessa merda.
Eu tenho mais o que fazer...
Poesia, por exemplo e acaso.



...



Quando acabar a inspiração



Sei lá quando acabar a inspiração,
Isso é lá título de poema.
Mas quando acabar a inspiração,
Para.
Vai tomar qualquer coisa,
Menos no cu
Se não desconfio que é veado.
E se a inspiração não voltar,
Se fudeu,
Nunca foi poeta.
É o que vou dizer na hora do enterro.




...



Uma idiossincrasia


Observo as pedras, tão lentas e calmas,
Como se estivessem num estado
De consciência alterada, um samadhi.
Minha razão lúcida(?)
Diz com uma certa clareza
Sobre a nossa incompatibilidade de gênios.

Mas feito um amor à imprevista retina,
Me sinto assim,
Um escravo, um devoto, um espelho
Totalmente entregue a uma observação
Mais profunda e reflexiva.

Eu as toco e beijo suas rugas,
Mas não as tiro em nenhum momento,
De sua paralisia contemplativa.



...



Estes poemas a seguir foram construídos em outro momento, em mesmo local, mas já em outro estado de espírito. Não sem haver certa curiosidade e sincronia, com o "Poema de vida inteira", como todos podem imaginar o porquê, devido o novo concurso a ser realizado aqui no Luso, do qual não participo.



...



Gênio


Se fosse um gênio mesmo,
Usaria a seta retilínea,
O espaço mais curto
Entre o ponto A e o B.
Mas não sou.
E isto fica evidente
Nas curvas de minha poesia.



...



Por entre filosofias e poesias


É irritante, mas não deveria.
Mergulho fundo e pesco
Os melhores frutos do mar,
Verdadeiras iguarias.
E tenho que dividir com os asnos e os porcos,
Não porque são restos ou lavagens.
Mas é que alguns gênios,
Por instinto de sobrevivência
Aprenderam com os camaleões
A se disfarçarem por entre os vegetais humanos.
Tenho essa esperança no escuro, nesse breu
Ou, melhor dizendo, nos asnos e porcos.
E de vez em quando, muito de vez em quando,
Consigo achar um caroço nesse angu.
Ademais, é um cuidado que a natureza, muito sabia,
Nos “impõe” a todos.
O veneno é uma questão de quantidade.
E se o senhor ou senhora não pode entender,
Agora já sabe pelo menos isso:
Sem que ao menos desconfie, te carregam no colo
E te protegem dos raios e tempestades
Advindas de certas nuvens carregadas.




...




Poema de vida inteira

Daqui de onde estou, bem longe em mim,
Fico em paz e contente, observando as pedras,
As árvores, os rios e os homens,
De um modo que não sei mais
A diferença entre um e outro. Amo tudo.

Mas não é que enlouqueci, bem sei o que sinto,
Porque a diferença está no olhar de quem vê
Com um coração adoentado ou sadio.
Sei disso porque meu coração, neste momento,
Resolveu dar as mãos a esse olhar que contemplo.

Agora que minhas veias parecem estar desentupidas
E que meu sangue corre livremente,
Recebo as mensagens tão claras e lúcidas
Que, por falta do costume me pego a pensar
Em como foi que não tinha antes percebido.

É aquela mesma árvore e aquele mesmo rio
E as pessoas todas, de um mesmo modo,
Agora com esse encanto e simplicidade e esse frescor,
Como quem acorda pela manhã,
O ar nos convidando a respirar pelo simples
Prazer de sentir a vida neste invisível movimento,
Refrigerando o corpo e a alma já muito feliz.

E como foi que não percebi aquela poesia
Em lápis-lazúli, espalhada pelo papel,
Generosamente em átomos e atos aparentemente estáticos
A declamar um amor secreto.
Só mesmo um olhar coberto pelo desamparo
De um coração doentio.

O ver a coisas frias não é porque
Em verdade são frias,
Mas porque uma dislexia de sentimento
Não permitia à ótica o enquadre perfeito.

Mas hoje posso ver meu pai e minha mãe,
Agora tão próximos da partida, mais do que a mim.
Meus olhos não sabiam sentir mais do que o ver
À distância do que eu pensava estar.

Hoje, óculos ajustados às retinas do coração,
Posso retê-los em minha pele e amá-los como
Às pedras e, de tal maneira que,
Se estou com aquela saudade gentil dos meus amados
E a distância não me permite abraçá-los,
Então abraço as pedras e as árvores e me lanço nos rios.
E assim todos ficam felizes; eu, porque saciei meu amor;
Eles, porque sentem que os abraço em todos os lugares
Por onde caminho.

Mas as pessoas todas não sabem do meu secreto olhar,
Que fiz essa cirurgia na alma
E pensam que estou em pleno delírio
Quando me deito sobre as pedras e começo a chorar.
Só neste momento que sinto a brisa me fugir
E meus olhos, em mar e oceano,
A tentar dizer com a voz embargada,
Que havia em mim, em meus olhos,
Uma trave a impedir a luz de um sol,
Que ainda não sabia existir e, tão ali do meu lado.

E nem termino meus pensamentos e sou logo
A imagem perfeita de um louco,
Quando eles mesmos não sabem que estão a doer
Em seus irmãos, em seus pais.
Que estão a cortar as inocentes árvores,
Pouso de descanso para os pássaros,
Ar para os pulmões que estão a respirar.
E pisam nas pequeninas flores que nada faziam
A não ser estar ali, dóceis às abelhas e às fotografias
Ou se emulando, felizes, aos namorados de ocasião.

Neste momento considero a tristeza e o vazio,
Mas só por alguns segundos,
Para logo depois voltar á minha saúde,
Bem rápido, posto que tenho a esperança e confio,
Que o ver alguém amar, possam também se fazer sentir,
Se acostumar e perceber como é bem melhor
O gozo de quem ama as coisas todas.

Porque amando as coisas todas se descobre a verdadeira arte
De viver a eternidade, que é viver em si o universo todo.





...




Milton Filho (Srimilton)








 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/03/2013 22:16  Atualizado: 10/03/2013 22:16
 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Putz! irmão, estavas inspirado mesmo.O voo interno foi grande, mas valeu.Adorei a sua idiossincrasia,sobre o voo das letras , a chave deste mundo e mais outros.Parabéns! Continue voando e nos encantando.
bj
Angela

Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 10/03/2013 23:14  Atualizado: 11/03/2013 00:14
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Amigo Poeta
Milton

Sobrou alguma coisa para o próximo texto ou poema?...caraca...eu li tudo não pulei nem uma linha...doença não é... sabe gostei muito da poesia POEMA DA VIDA INTEIRA...e a primeira estrofe achei linda e destaco

Daqui de onde estou, bem longe em mim,
Fico em paz e contente, observando as pedras,
As árvores, os rios e os homens,
De um modo que não sei mais
A diferença entre um e outro. Amo tudo.



Parabéns amigo poeta!
Bjus
Carol
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/03/2013 23:31  Atualizado: 10/03/2013 23:38
 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
uma emoção 'mais grande' tomou conta de mim desde que dei de cara com o título, e, alguma coisa me diz que, apesar desse meu amiguirmão ausente não ter mais retornado ao Luso-Poemas quando em vida, e quando fiz-lhe um pedido para que voltasse, respondeu-me que não tinha interesse algum, mas, me parece agora que ele deu para rondar as escritas dos mais chegados, e, ricocheteando também nas escritas dos chegados dos mais chegados.rs o que li aqui me bastou, é prova concreta de que sua influência está aqui na sua página caro amiguirmão Milton, nos versos germinados sob domínio da sua pena há uma forte presença desse poeta. vai se lá saber. certo é, que, todos aqueles que o leem ainda terão muitas surpresas. esse camarada sempre foi extremamente incentivador aqueles com gosto em escrever, tinha um faro bom pra isso, um crítico literário quase perfeito. deixou um legado que deve ser respeitado e seguido. sinto que minha escrita tomou outro rumo desde sua morte, reluto expô-la, os rascunhos se avolumam. enfim... estou numa felicidade indizível, depois que li esse colar de versos... desejo que todas as suas introspecções/reflexões deem em resultados de escritas tais como os que nos presenteou aqui hoje. obrigado.
beijo irmão, e aquele abraçaço caRIOca.

Enviado por Tópico
GabrielaSal
Publicado: 10/03/2013 23:32  Atualizado: 10/03/2013 23:32
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Milton, viajei... e nem sei como comentar isso tudo...
Simplificando, é como se eu tivesse tomado um ônibus aqui na esquina de casa,
e tivesse descido no Caribe.rs
Fantástico Milton!
Parabéns pela bela inspiração, desde a primeira linha, até
a última!


.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•`*´ Gabi

Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 11/03/2013 01:06  Atualizado: 11/03/2013 01:06
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Muitos poemas frutos de mãe única
de muitas nuances: a poesia.
O Júlio que eu conheço - a mim
continua vivo na palavra -
gostou e quem sabe soprou algo
coisa aos teus ouvidos.
bjo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/03/2013 01:24  Atualizado: 11/03/2013 01:25
 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Uma 'overdose' de maravilhosos poemas... com certeza o Júlio estava voejando a tua volta e sorrindo a cada verso que escrevias, como um 'daimon /gênio' socrático... e aplaudindo.

Linda e rica postagem, caro Milton!

Gostei muito, um deleite!

Parabéns!

Bjs,

ALICE

Enviado por Tópico
Srimilton
Publicado: 11/03/2013 03:10  Atualizado: 11/03/2013 03:10
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Ângela, foi mesmo uma madrugada e tanto. E rápida por conta da introspecção, da viagem interna. Vi o dia raiar através dos vidros do prédio. Não há parede, só vidros. Foi mesmo algo diferente e muito prazeroso. Bom te ver por aqui. Sua gentileza, sua terna gentileza. Bjs.
PAZ!

Carol, seu destaque foi na mosca, viu? E a sua postagem ficou um requinte, um show à parte. Aquele cartão é um luxo. Fiquei namorando sua postagem..rs.. e obrigado pela presença, sempre gentil e terna. Bjs.
PAZ!

Zésil, meu irmão, fiquei com um pouco de receio sobre se iria gostar. Afinal, conheço nada sobre o seu grande amigo e irmão, Julio saraiva, sobre a grande amizade de vocês, de forma que não tinha a total certeza se iria ver com bons olhos o meu rompante de inspiração. Já tive outros assim. O último que tive a graça de ter, foram 28 poemas, que estão participando de um concurso em BH. Este não foi teve inspiração numa raiz especial, a não ser eu mesmo. E o último com gente, como já disse no texto aí em cima, foi com o Pessoa, que já nem me lembro a quantidade ou como aconteceu. Só sei que a influência desse português continua ativa em minhas fibras, juntamente com o Drummond e o Quintana. Fico muito feliz por ter gostado, por se sentir feliz pela homenagem que presto à sua amizade, à sua gentileza e, porque não dizer, ao seu amigo e, ainda, a todos que amam a poesia e a amizade. Obrigado pela presença, sempre gentil e jovial. Um grande beijo, meu irmão!
PAZ!

Gabriela, Vc foi mais longe nessa viagem. Eu fiquei por ali mesmo em meu minúsculo universo interior. Mas a sua mensagem de agora me transportou para além de mim mesmo. Seus comentários são lindos, um deleite ler o seu escrito sincero e empolgado. Também gosto de me empolgar, e não poupo palavras quando estou sob essa emoção provocada pelo belo. Obrigado por compartilhar seus belos sentimentos. Isto me faz querer ser uma pessoa melhor. Bjs.
PAZ!

Betha, não sei quem soprou os meus poemas, mas a beleza de sua presença é real e, portanto, sei que posso te agradecer. Obrigado pela presença gentil, pelos comentários, pelo tempo gasto em minha página, ok? Bjs.
PAZ!

Alice, linda e rica mesmo é sua mensagem. Até Sócrates é citado, numa comparação pra lá de gentil e terna, sem falar na sofisticação e simplicidade tão bem amarrada. Uma overdose os seus dizeres. Devo tomar cuidado para não ficar acima do meu peso. Vaidade toma muito espaço e vou ter que fazer muito esforço para afastá-la. Obrigado pelos dizeres elegantes e sábios. Bjs.

PAZ!

Enviado por Tópico
miriade
Publicado: 11/03/2013 04:31  Atualizado: 11/03/2013 04:31
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Poeta, um livro cabe em seus poemas,rsrs...Vejo aqui uma sensível e bela homenagem ao grande poeta.Fiquei em assombro com tamanha semelhança dos versos.cito:
"Aos críticos
Um bando de onanistas.
Se ao menos usassem o próprio pinto,
Esses eunucos."

"Embora nem todo filho da puta seja censor,todo censor é filho da puta"
(Julio Saraiva)

Particularmente acho seu estilo, (apesar de ser versátil)bem parecido com o dele,essa poesia impactante, realista,irreverente e ao mesmo tempo suave, como se propõe a poesia.

Maravilhaaa poeta!!!

Meu carinho e respeito. Lu

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 11/03/2013 12:34  Atualizado: 11/03/2013 12:34
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Subscrevo o que a Angela escreve.
Estava inspirado Poeta!
Apenas acrescentaria que acho terna
a forma como descreve toda essa cumplicidade
e amizade que a própria poesia nos proporciona
através de amigos que aprendemos admirar .
Abraçao. Vf

Enviado por Tópico
GELComposicoes
Publicado: 11/03/2013 23:52  Atualizado: 11/03/2013 23:52
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Rapaz, demais!
Adorei "corretivo" e "consolo"
Show!
Abração.

Enviado por Tópico
Srimilton
Publicado: 12/03/2013 01:01  Atualizado: 12/03/2013 01:01
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Lu, Vóny e Gel, a presença de vocês é uma gentileza das maiores. Uma luz. Obrigado a todos pelos dizeres e pela generosidade dos comentários.

Muita luz e paz!

MF.

Enviado por Tópico
BabajiJairo
Publicado: 12/03/2013 11:37  Atualizado: 12/03/2013 11:37
Participativo
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 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
"E tudo ilude o homem atento
Porque a chave deste mundo
É essa dor que bem dentro sinto". Obrigado, amigo. Após passar por esse espasmo poético e namorar vários fragmentos, pois já há muito concluí matrimônio com a sua poesia,expus o trecho aspeado; lembrei-me da angústia que não cansa de se contrapor a alguns pseudo momentos de felicidade.
Um abraço, irmão!


Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=243287#ixzz2NK9eFOuJ
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Enviado por Tópico
Manu_C.
Publicado: 13/03/2013 14:54  Atualizado: 13/03/2013 14:54
Membro de honra
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Localidade: Itália, Milano
Mensagens: 568
 Re: Julio Saraiva estava lá? Vai saber!
Li por inteiro seus voos poéticos
e acho que o Júlio também teria gostado... e muito.

Adorei ‘Consolo’, ‘Gênio’ e ‘Poema da vida inteira’,
todos levam à reflexão,
mas também são despertadas as emoções e o humor.

Parabéns, Poeta Milton!

Abraço,
Manuela