Olha à tua volta
E que vês tu?
De crianças sem pais,
E de pais sem crianças.
E que vês mais?
Uma terra em fogo
E todo o teu povo
De olhos esbugalhados,
Imagem de desespero.
E que fazes tu?
Continuas a guera
Queimas esta Terra
Que não pede que Paz.
Mas tu não és capaz
Do que impor tu arrogancia,
Teu poder, tua ganancia.
Tu és tu e eu não sou eu!
Mas o dia virá,
Em que nós seremos nòs,
Tu serás sempre tu,
E o povo será o teu algõz!
A. da fonseca