Nesta sala fria, onde as paredes ecoam a tua voz num chamar ameno por mim, dou voltas em torno de mim, procuro-te. Acaricio as paredes, beijo-as, numa tentativa vã de te sentir. Não te encontro por não me procurares. Onde estás, amor meu? “Aqui,A...” Olho para todos os lados e não te vejo. Sinto-te, mas não estás. As lágrimas correm pelos meus olhos enquanto uma última súplica do meu coração, se dirige a ti, pedindo a tua presença. Encolhida a um canto, aguardo-te… em vão. Grito!! Pedi-te o ombro que costumavas dar-me sem pedido algum. Deste-me o teu silêncio e a tua ausência. Suspiro, neste momento, para não sentir a solidão, para conseguir pensar. É inútil. Preciso de ti! Estou fraca, à deriva! Desespero mais por ao meu lado não estares do que pelas palavras que urgem. Amo-te!, sabe-lo, amor meu?! Silêncio… é o que ouço. E de absinto se perfumam os meus cabelos.