Eu estava sentado num banco quadrado, fixado ao lado do elevador
Chegou a menina de perna fininha, ainda criança, e o botão apertou
Enquanto esperava, com sua afinada voz infantil, a menina cantou
Um homem bem alto chegou por ali, e se pôs a cantar com voz de tenor.
E o povo parava para ver e ouvir, a música linda que se cantava ali
E logo outro mais, mais outro cantava, e mais povo chegava para participar
E, ora eu ouvia, ora eu cantava, era um coro de anjos aquilo que vi
E sentado no banco, aplaudia aquilo, e, muito feliz, ajudava a cantar.
O elevador chegou, e a menina partiu, porém quem a viu se emocionou
E o homem bem alto, com voz de um baixo, naquele momento se retirou
E o povo ficou por ali a sorrir, todos felizes, cheios de emoção
Eu agradeci por aqueles momentos, foi um refrigério pro meu coração.