Poemas : 

A Besta e a menina

 
Tags:  amor    morte    menina    besta  
 
A Besta e a menina
 
Um simples fato ocorrido te deixa a pensar por horas e horas a fio!
Maldita forma exemplar dos fatos transcorridos pela percepção vulgar de um simples adjetivo
Meu sangue merece verter em cascata esplendida
Para que possas admirar-te da beleza vermelha e rubra que escorre diante de teus pobres olhos
Veste-me com este liquido longínquo e inodoro que mais parece com meu labor interferido
Fostes belas por onde andastes, tens alma de belas paisagens.
Viveste de amores sombrios, mas mataste a besta que por ti corria.
Não enxergaste que o mal transcendeu da morte daquele que o único desejo verdadeiro era te ter a todo custo
Pois ele preferiu morrer pelo corte da espada, do que abandonar teus singelos olhos a luz do luar.
Um tolo havia lhe contado que por diligencia bastava que se cumprisse o trato
A cabeça da besta ou coração flagelado da menina que dormia com cabelos esvoaçados.
Mentiu para a menina, dizendo que ela deveria matar a única e verdadeira fonte de desejo carnal de sua afeição.
A besta a desejou como minguem nunca havia lhe desejado.
Mas a mente da menina estava tomada pela angustia de um futuro renegado, e assim fez.
Tomou o corte a mão e fez-se silencio depois então abriu o peito e arrancou a cabeça do único ser que a amou
Na verdade um único sussurro pode ser ouvido depois disso
Seu pequeno coração palpitou assim: Virtude infalível de ti que mataste aquele que em ti abrigou seu temores
Mostrou-te igual aos tiranos que riam dos lacaios que limpavam o deck sobe o Sol
Mas a verdade mostra ser aquilo que é
Depois deste acontecimento a menina foi vendida como mercadoria obsoleta
Passou a trajar panos imundos e vestes horripilantes e sapatos de palha de qualquer
Dizem que a besta vaga pelos campos à noite a balbuciar o nome da menina
Já a menina foi se com o tempo, deve ter virado gente ou indigente.
Pois não se encontra mais vestígio daquela pobre alma enganada
Visto isto talvez questione quem foi que colocou no coração daquela pobre criança o sentimento de repulsa pela besta
Quem foi o culpado? O ser esdruxulo mal amado? Ou a menina singela e gentil? Que transpassou o coração do ser vil
Ao certo ninguém responderá, mas a vontade de fazer mal a quem nos quer bem não é somente uma epistola do passado.
Mas afugenta as bestas que querem amar as meninas que carregam consigo uma espada
Para ferir o coração do primeiro tolo gentil que tentar protege-la das más línguas ou somente da chuva que caí

"A Besta segue o odor que dela procede, mal sabes que esse cheiro um dia já teve silvos de rubor doce que não são amargos como os cravos que carrega atualmente.
Mesmo desta forma a Criatura continuou seu caminho até encontrar, sim encontrou a lamina transpassando seu peito, e no exato momento de seus pensamentos sentiu o pescoço transpassar e agora rubro vermelho a jorrar e pensamentos incompletos a voar.
Só concluiu que antes melhor fora, morrer pela mão da imaculada, sentir que pelo menos naquele momento havia sido peça importante para a menina.
Mas a peça que fora concluiu com sua vida.
A Besta morreu, enquanto a menina também, mas de outra forma, ali se esvaziaram valores e rumores.
Pois a menina era merecedora da mais pura seda, e não do calor esbaforido da criatura que jaz morta e decapitada”


TihH Shallow Life

 
Autor
shallow
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1362
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.