Muitas vezes
sinto em você
o doce aroma de hortelã
perfumada
macia um clichê
como o aljôfar da manhã
o vento
balança as folhas de grama
agita pepinos silvestres
deixados na lama
mas os tratores
fecharam a estrada
no local em que te conheci
fatigado de árdua jornada
vendo o sutil voo de um colibri
minhas mãos
tremem de ansiedade
e o cheiro de flores de jornal
num assomo de crueldade
faz com que o ambiente
seja apenas tão frugal.