O que dói está à flor dos olhos;
mareja vôos suando asas,
ardendo febres,
gemendo pios
d’um pouco de si.
O que dói é esta casca separada
do cerne; a argúcia do alburno
não é clara e macia.
O que dói faz meandros
carregando tudo,
pra perder num mundo maior.
Ai... Cai a pálpebra!
A moldura do lago,
margens gêmeas
não têm imãs;
não há ligas
de palavras
atraindo
poesias.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.