A Lua, rainha da noite escura
Espelha as noites frias
De um outono desconhecido
Mãe de uma velha folha
Que voa ao sabor do vento
Daquela manhã cristalina
As pequenas ruelas da cidade grande
Despem-se de uma humanidade
Que evita a todo o custo
O gélido frio seco
De uma estação já esquecida
O cheiro da castanha assada
Faz alegrar os petizes
Que puxam as mãos dos seus pais
Fazendo "choradinhos" por meia-dúzia
Onde podem aquecer as suas pequenas mãos
Na folha de jornal
A noite preste a cair
Dando lugar à rainha da noite
Podendo esta esperar
Por uma manhã límpida de amor
Bruno Miguel Inácio