No rio da minha vida
existe uma água sem névoa
por ele caminho
sem medo
com a voz do segredo
patente no coração...
Quando os olhos se enchem
de emoção
encosto as costas na margem...
Recolho os troncos caídos
acendo a lareira
que crepita dentro de mim...
Com a folha branca
anuncio ao rio
as folhas do Outono
que me viu nascer...
E
cresço mais um pouco...
Entrego o pestanejar
à ponte
que une as margens
dela escuto silêncios dourados
na linguagem pintada de azul...
Retomo os remos
...oscila o barco
aguardo a nova maré
e canto mais um pouco
da esperança que um dia me abraçou!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...