Procurei a paz na correria dos ventos
Me embriaguei na sangria dos medos
Senti as dores do sal saído das línguas
Orei pra dor do sacerdócio das grotas
Me saciei das seivas do ser Semeador
Na sacristia sagrada da saga o pecado
Dormi na sabatina do seio embriagado
Da nódoa da uva fiz o vinho dos povos
Da essência da alma busquei a calma
Dos ramos e das ramas dá-se o rumo
Na doce cana nasce o mel e o prumo
Da pressão das montanhas vem o grito
Do sorriso e da criança clareia o futuro
Exala a seiva do sabor sábio dos corpos
Calar na verdade das mentiras e amar
Amar e se despedaçar, dividir pra doar
Verdejar o sedento paraíso do lenhador
Seita senha queima a lenha da nascente
E a seda lenha a dor pra inventar o amor
A dor a se banhar na onda não sabe voltar
O que é segredo na mente sem perdoar !!!
José Veríssimo