Anos 20
Pelas ruas de Copenhagen, os pedestres esperavam os bondes.
Anos 20, inocentes
Período entre guerras
Sociedade emergente
Moda em alta
Mulheres elegantes,
Em cada esquina...
Brilhava a luz de uma lamparina,
Nas ruas de pedras polidas.
E um 'tic tac' do relógio de bolso,
No paletó coberto, pelo sobretudo.
Assim era, naquela época:
Não havia muita competição.
Pois as mulheres, ainda poucas a trabalhar fora
Dividiam o lar com seus pares:
Homens de chapéu e charuto
Responsáveis pelo sustento da família
Que ao chegar do trabalho
Tinham comida sobre a mesa
E na cama, uma boa acolhida...
O cinema, mudo ainda,
Revelava a emoção nos olhos e ações
E quando um casal de namorados,
Na sala de cinema, estava
Se deixava levar pelo encantamento,
Acabava então, em casamento.
Fátima Abreu
*************
A Arte Ganha Vida
A Arte deu um nó
O que era pintura, ganhou vida!
Magia?
Apenas olhos do bom observador
Que vê nos quadros, mas do que tinta desenhada
E sim, retratos da alma que pinta
Traçando com pincel e suas tintas
Momentos de amor, tristeza
Nus, paisagens
Boa vontade
Uma mulher pensativa,
Contemplação...
Amantes.
Rumos do pintor
Que expõe na sua obra,
Seu coração.
Fátima Abreu