És a brisa,em sorrisos manifesta, do rejubilar do meu coração. És o pássaro que, sem aviso, voa para longe por um tempo, um tardio tempo, e o desespero da falta que me fazes esmaga a minha alma e eu, adoeço. És a estrela, na noite escura, que ilumina o céu quando meus olhos de menina, até então, amedrontada, para ele se erguem e sorriem. És flor frágil, reflexo do meu semblante, quando para ti olho. És o cálice de prata, de vinho rubro cheio, que degusto, que me extasia e me convida para um tango em que o entrelaçar das pernas aproxima os nossos lábios, humedecidos em volúpia. Neste tango, onde deslizamos as mãos pelo corpo um do outro, com os dedos ardentes de desejo e as palmas pressionando pequenas zonas, deixando-nos em pura loucura; onde as peles são atraídas pela paixão que as cobre de suor, a cada passo que damos; onde os corpos, cálidos e fermentes, descaem para o chão, pedaço de nuvem em que numa entrega sem igual nos amamos e, extasiados, num abraço demorado suspiros de amor soltamos. És amigo, és amante, és o mar onde mergulho e me encontro quando à deriva a minha alma teima em andar. E… nós? Nós, somos Amor!
In My Memories...(ALindaSereia)