Mãe: Vai para ti, em sonhos, esta carta, esta carta que não lês, e que por certo, ficará perdida no deserto, duma folha branca de papel... Se fosses viva, era no teu colo aconchegante, que eu poria a minha carta tão cheia de amargura... Deste-me vida, mas não me deste sorte, porque a sorte que me foi confiada era de paz e de amor um tudo nada não passava dum sonho de menino fantasia passada.
Mãe: Se fosses viva se pudesses viver a minha vida talvez soubesses que a tua filha querida não tem luz nem paz nem aconchego nem benesses.
Mãe: Ai no céu onde pairas celeste. Vê o meu sofrimento Sou a filha que foi apenas escolhida para servir aos outros toda a vida sem paz sem gratidão sem merecimento.