O BARULHO DOS TROVÕES, AO LONGE... (1)
O barulho dos trovões, ao longe,
Despertou a minha amada, que dormia.
E, dos doces sonhos que ela tinha,
Acordou para a vida, assustada.
O barulho dos trovões, ao longe,
Fez com que ela empalidecesse...
O medo ardendo em sua mente
E o barulho prosseguia, indiferente.
Em um momento, ei-la a gritar
Desesperada, grito de sofrimento
E eu corri, então, a abraçar
Pronto para ouvir o seu lamento
Ao barulho dos trovões, ao longe,
Trouxe-a para junto do coração.
E pude ver quão frágil ela estava.
Com o simples ribombo do trovão.
Chegou-se mais a mim, trêmula, abalada.
Contou-me os sonhos que sonhara...
E o pesadelo que lhe acometeu.
Beijou-me, então, a minha amada,
E, pelo barulho da chuva, embalada.
Acalmou-se, abraçou-me, adormeceu.
Este poema faz parte de uma trilogia.