Poemas : 

Crescimentos

 
Crescimentos


Assola-me um medo de desperdício
Sem vício

De oportunidades perdidas
Cem vidas
E quantas mais serão
Sem coração
Capaz de vencer a mente
Sem presente
E passados fustigados
Abandonados
E futuros avistados
Não concretizados.


Assola-me uma rotina
Sem retina
Em si mesma fechada
Acomodada
Ao conforto imaginário
É calvário
Para o ser interior
É superior
Mas posterior às obrigações
Perpetuações
De um crescimento universal
Mas…
Terá assim mal?
Rotina é vida
Mas vida é muito mais
Que rotina!


Clarisse Silva
1 de Novembro de 2012
 
Autor
Clarisse
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1303
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 10/04/2013 18:19  Atualizado: 10/04/2013 18:19
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Crescimentos
Poetisa
Parabéns pela bela reflexão!
Beijos! Favoritei!
Janna


Enviado por Tópico
ÔNIX
Publicado: 15/04/2013 09:54  Atualizado: 15/04/2013 09:54
Membro de honra
Usuário desde: 08/09/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2683
 Re: Crescimentos
Olá Clarisse!

Como se poderá ver sem conseguir enxergar o que se esconde por detrás de cada pensamento, quando nem na raiz de uma planta virgem, conseguimos ver o que lhe deu a forma de flor?

Há tantas coisas que ficam por dizer, que em cada vício colocamos desperdício e em cada desperdício colocamos o vício de nem saber nada, nem de uma nem de outra.

As questões surgem em cada mudança de tempo, assim como em cada mudança de vícios. O tempo é assim uma espécie de rotina sem vício. E o que dirá o vício do tempo que não lhe dá tempo para mais nada a a não ser desperdiçar -se em cada rotina?

São tantas as questões, e a vida é tão intensa, que procurar a perfeição é como sair de um vício para entrar em outro.

Viver, é Ser de uma forma ou de outra dentro de uma rotina de vícios. Cada um de nós é um Ser de Luz e isso nada nem ninguém nos pode contradizer, porque a haver contradição, haverá negação da sua própria pessoa, do seu próprio Ser de Luz.

Gostei muito deste poema, e agora foi a minha vez de divagar…

Beijinhos poeta!