É esse olhar que me prende
A este mundo que me é indiferente
É ele que me guia e defende
Do caminho obscuro que tenho à minha frente
Quantas cegueiras terei de ter
Nesta vida que pode ser tão fluída
São estes meus olhos que não querem ver
E deixam-me entre uma saída suicida
Lança-me a luz que tens dentro de ti
Como o farol à beira das falésias
Igual a ondas revoltas, embati,
No teu corpo cega como Tirésias.
Faz-me ver a simplicidade do receber
Pois a verdade do dar eu conheço
Na teórica é fácil de perceber
Na prática eu sei que mereço.
Vultos que refletem a dor inexistente
Os Olhos que falam,
Os Olhos que sentem,
Os Olhos que calam a dor simplesmente.
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