Era de pensar na utopia,
Que eu passava horas absorto,
No meu cais, sentindo a brisa fria,
Soprando do oceano para o porto!
Era de pensar no sonho morto,
Na cair da tarde ao fim do dia,
Era de buscar o bom conforto,
De alcançar o mundo que eu queria,
Que eu passava horas dias meses,
Já nem sei o quanto... Quantas vezes,
Divaguei na imensidão etérea!
De repente acordo, olho em volta,
E vejo a humanidade em revolta,
E o mundo naufragando na miséria!