Engraçado como determinados acontecimentos conseguem mudar o que à partida se julgava quase impossível. Ainda há dias alguém escreveu um texto a lembrar alguns nomes que haviam deixado marcas por aqui, muito por causa do que escreveram e não se importaram de deixar cá guardado (ao contrário de outros que atafulharam as malas de poesia e tudo levaram). O texto falava das saudades do que se sabia poderem voltar a escrever se voltassem.
A esses nomes juntei-lhe mais uns quantos e ainda ficaram a faltar muitos outros que na altura me não vieram à lembrança mas que, certamente, devem morar por aí, nas memórias de outros dinossauros antigos.
Em conversa com o autor desse texto, aventou-se a ideia de trazer de novo à luz do dia essas obras esquecidas e que seriam totalmente novas para quem chegou já depois da partida de quem as escreveu. A ideia pareceu-me boa e por certo que não seria motivo de reprovação de ninguém. Todos ficariam a ganhar com isso, acreditem.
O primeiro poema apareceu. O que ninguém esperava, era que ele touxesse consigo a morte do poeta...
Mas como em tudo na vida, existe uma outra face da mesma moeda, algo de mágico aconteceu aqui ontem e que me não deixou de surpreender. É que, a morte do Júlio Saraiva conseguiu trazer de volta (unidos por um gesto de emoção) alguns desses nomes cujas cadeiras há muito se encontravam vazias. Eu vi a Margarete, o Valdevinoxis, o Henrique Pedro, a rosafogo, a Carolina, a Antónia Ruivo, a Amora(Edileia) e do caopoeta nem falo, porque esse, já nos tinha dado o gosto de ter regressado há dias.
Gostei de os ver a todos, acreditem! Pena foi ser o motivo pelo qual foi.