Osvaldo era amigo de Alice Desde os tempos de criança E quando iam para a escola Conversavam nesta andança De um dia os dois se casarem Tinham sempre na esperança
Osvaldo ao fazer quinze anos Foi estudar em outra cidade Pois o seu pai tinha dinheiro E o colocou em uma faculdade Ele só retornou para sua casa Aos vinte e um anos de idade
Por se formar em advocacia Do seu pai então ele ganhou Um carro novinho em folha Que com muito gosto aceitou Passou a sair todos os dias De Alice quase não lembrou
Alice continuava lá na roça Ajudando o pai na lavoura Morava numa velha palhoça Não tinha vida promissora E agora o rapaz advogado Não a visitava como outrora
Assim se passaram dois anos E Alice sempre na ilusão Que Osvaldo tivesse planos Para concretizar essa união Mas o moço ia enrolando E sempre mudava a ocasião
E num sábado muito triste Osvaldo falou no momento Alice, vamos nos entender Eu vou lhe pedir um tempo Porque eu mudei de ideia E não penso em casamento
Alice na hora empalideceu E a tristeza foi lhe tomando Caiu em profunda depressão E o desgosto foi lhe levando Já não saia mais de sua casa E o seu mundo foi acabando
Passaram mais de seis meses E Alice foi se definhando Só viram ela poucas vezees Lá no seu quintal chorando E já não queria mais viver E desta vida foi desanimando
Numa noite de segunda feira Ouviram Alice no quarto gemer E foram até ao seu aposento E notaram que estava a tremer Havia tomado um agrotóxico E estava acabando de morrer