Poemas barulham na cabeça;
Frias e trêmulas,suam as mãos
para escrevê-los.
Abro portas e janelas.
Ventos do leste,sopram longe
as cores das óperas de Verdi.
Recorto fotografias
em preto e branco.
Os poemas fogem como aves bêbedas.
Ouvem as almas os versos mais tristes.
Silenciosas,desenham nas sombras,
as marcas do destino.
Tenho os olhos fechados para o sol.
Poemas em ondas deslizam nas águas.