O que fizeres hoje ser-te-á cobrado, mais adiante,
De forma simplesmente rude ou deveras elegante,
Isto porque as pessoas não esquecem a intenção,
De lhe soçobrares, impunemente a gran condição.
E de ter presente, que a nossa vida, só vai avante,
Se não suplicares tua miséria, agora ou doravante.
Quantas as vezes nossa ignorância porfia a razão,
E junto ao espelho, para nossa gran contemplação,
Nos adoramos, como a um qualquer deus, a instar
O nosso motivo pois que nada devemos a ninguém
E que nosso gesto, bom ou mau, deve aí perdurar.
O credo é teu e é com ele que deves ter concórdia,
Para que na tua senilidade não machuques alguém
Que a todo o custo e bom senso, evita vil discórdia.
Jorge Humberto
04/12/07