Sobrevivência
O mar foi meu amor apetecido,
as nuvens foram castelos de ventura,
os barcos residências de ternura,
a praia meu tapete convertido.
Por lá teci, vivi, sonhos perdidos,
calmarias, tempestades, marés cheias,
fiz poemas, beijei pedras, tive ideias
fui senhora dos meus cinco sentidos.
Cantei alto os meus versos risonhos,
indiferente às vozes traiçoeiras,
que bajulavam esta forma de ser.
Assisti a naufrágios tão medonhos,
também chorei com negras carpideiras.
E para quê? Para sobreviver!
Maria Helena Amaro
Inédito, dezembro de 2009.
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2013/02/sobrevivencia.html
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