DESESPERO LATENTE
Queria que o mutismo sob forma de manto
Me colmeasse o corpo da voz e dos pensamentos
Para esgarçar completamente
Os horizontes de fitos inalcançáveis que me povoam o ente.
Queria que ele se convertesse em incontáveis rajadas de tornado,
E me arrastasse para longe da minha consciência inclemente
á qual me faz almejar incessantemente aquilo
Que a mão da realização não pode tocar.
Queria que ele reduzisse a pó
A faculdade de me aprisionar á estrada presunçosamente
Infinita de sonhar, sonhar sem materializar o que vai na mente.
Ah, que me abata logo o passamento do querer parcial, pleno.
Que me corroa a lepra do comodismo os ideais.
Salgue-me mortal o sentimento do sepulcro, que não posso mais!
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