A música sempre foi uma parte muito importante da minha vida.
No passado dia 14 de Fevereiro, assisti ao concerto dos Sigur Rós, em Lisboa, no Campo Pequeno.
Esta banda é, de certo, uma das que mais consegue fluir emoções pessoais das mais varias formas, no que me diz respeito.
É engraçado como uma linguagem que nos é completamente desconhecida e toda a unificação dos instrumentos permite, no entanto, transmitir em nós algo que é tão cheio e enriquecedor à alma!
É certo, também, as diferentes interpretações que cada pessoa faz a uma dada canção ou música. Há pessoas que dizem que ouvem um estilo de música de acordo com o seu estado de humor e outras que ouvem para contrariar o seu estado de espírito.
Apesar de não escrever aqui nada do género filosófico, só queria deixar a minha marca a dizer como a música tem tido um papel tão importante na minha vida. Cresci com diferentes tipos de música, nomeadamente dos anos 80, estilo house, trance e techno, rock e heavy metal (com suas variantes) e rock dos anos 90. Ao longo da minha vida tenho tido diferentes gostos pela música, mas sinto que vou aprendendo cada vez mais e mais e a minha personalidade e o meu estado de espírito vai-se moldando aos vários estilos.
Sempre que penso que conheço bastante, sou sempre surpreendida por inúmeras bandas que são muito menosprezadas pela sua grande qualidade e conhecer o seu trabalho é uma enorme satisfação para mim.
Tenho a felicidade de ter comigo um mp3 e garanto que o tenho sempre com a bateria carregada. Oiço música sempre que tenho oportunidade. Como acordo muito cedo, e nem sempre com o melhor humor, a melhor maneira para me despertar e animar é com música. A caminho da minha faculdade, é essencial ouvir música, até porque a viagem ainda é longa. Quando estudo ou faço algum trabalho, não consigo concentrar-me se estiver silêncio absoluto ou com burburinhos de outras pessoas, ao contrário da presença da música.
Quanto aos diferentes gostos musicas das pessoas? Verdade seja dita. As músicas ditas “comerciais” podem ser viciantes temporariamente mas, passado um bocado, são logo ultrapassadas por outras do mesmo género, sendo isto um ciclo do “põe e tira e gira o disco e toca o mesmo”. Existem tantas, mas tantas bandas recentes, com grandes qualidades e tão pouco famosas, quando estas deveriam ter mais reconhecimento…
E as músicas que ficam para sempre? As grandes lendas? Aquelas que foste capaz de ouvir quando tinhas 12 anos e, passados anos, ainda sentes a mesma essência transmitida ou ainda uma maior? Ah, e que grande sensação é essa, de ouvir uma música deste tipo e de andar desesperada à procura da sua autoria… Aposto que se alguém fosse ouvir uma dessas músicas comerciais antigas só daria um estado de nostalgia e ficava por aí.
Estou a ser um pouco contraditória, é verdade, cada um tem a sua preferência de acordo com as suas vivências e gostos e isso deve-se respeitar, óbvio. Encarem isto como uma opinião minha, embora eu não vá criticar, à toa, os gostos musicais de cada um.
Bem, tanta conversa para dizer que a minha vida sem música não seria nada. Seria muito pobre de emoções. É o que me faz realmente viver e sentir ainda mais uma dada vivência com mais intensidade, seja ela de felicidade ou de mágoa. Até porque é o que nos faz de humanos, não é? Não haveria o bem se o mal não existisse.