Permitam que me apresente. Sou o Tosco Bardo, poeta anterior à concepção do arte naif, primitivo mas não mal feito, sem refinamento mas não mal formado, sem capricho mas com alguns cuidados. Não sou burro e nem grosseiro, prefiro dizer que sou um ser não polido, sem nenhuma burilação ou lapidação, assim como a natureza me gerou.
Como já perceberam, trata-se de um pseudônimo. Quer dizer que sou o alterego de alguém de carne e osso que não quer aparecer e os motivos desse anonimato não são da minha conta. Apenas exerço a minha função. Sou a criatura e não julgo ou discuto os motivos do meu criador.
Nos bancos escolares que poli, tentaram me ensinar a Língua Portuguesa, mas fiz questão de esquecer as formas fixas e tradicionais para a escrita, principalmente para o poema. Não quero mais saber sobre o dinamismo lexical da língua nem da estrutura e processos de formação de palavras. Passei a abominar a morfossintaxe das palavras, execrando todos os aspectos semânticos, sintáticos e coesivos. Aboli regras sobre verbos, substantivos e adjetivos. Odeio colocação pronominal, conjunções e preposições. Sacrifiquei a metrificação em benéfico da sonoridade. Não mais sigo as técnicas tradicionais para se medir o verso.
Então, escrevo o que gosto. E gostaria de compartilhar com outras pessoas o que eu escrevo. Não tenho estilo ou meu estilo é não ter estilo.
Passo a expor para vocês meus textos e versos, sem pretensão nenhuma. Apenas esperando que leiam meus escritos. Aceito todo e qualquer tipo de crítica, mas dispenso ofensas e agressões gratuitas e improdutivas.
Um abraço a todos.