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QUANDO A MISÉRIA ESTÁ PRESENTE

 
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Que a festa comece e a miséria se divirta
Uma mesa feita de pano estendido chão
Quase cheia de nada mas nela há a vida
Daquilo que não temos mas há o coração.

Que sejam pretos, Árabes ou Europeus
O barco é o mesmo sem porto de abrigo
Sem bússola nem remos, a vida é um ilhéu
Deserto de felicidade, parece ser castigo.

À volta desse pano branco, pobre mesa
Os pais e os filhos pouco têm para comer
Chega o fim do ano só tendo a certeza
Que outro vai chegar e nada lhes vai trazer.

Procurando um osso o amigo sempre fiel
Um cão que os ama os protege, não diz nada
Magro como os donos, com o destino cruel
Diria que dormiu em cima de chapa ondulada.

Chegou a meia noite, e as doze badaladas
Ouviram-se os foguetes e o fogo de artificio
Nesses pobres chegaram lágrimas cruzadas
De desespero e de uma vida de sacrifício

Imploram aos Deuses que a vida lhes dê prazer
Justiça divina que não sabem se podem acreditar
Novo Ano vai começar na incerteza do viver
Nada pedem, mas têm direito de ver o Sol brilhar

A. DA FONSECA


SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
Texto
Data
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1925
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/02/2013 11:48  Atualizado: 15/02/2013 11:48
 Re: QUANDO A MISÉRIA ESTÁ PRESENTE
Bom dia poeta.
A miséria está presente por todo o lado.
Belo poema reflexivo.


Cumprimentos,


Frank_Mike